Beleza de Março escrevi lá na minha cidade
natal (Pedreiras-MA), no período das férias. E, apesar de março no título, ele
foi criado em janeiro (privilégios da criação), dia 20, às 12:10 am da madrugada.
Tem esse título porque ele foi inspirado numa amiga que nasceu neste mês, comemorando
aniversário uma semana antes de mim.
Apesar de nos conhecermos desde 2012,
fazia um bom tempo que a gente não se falava. Acho que naquele dia (19/01/14)
tivemos a nossa primeira conversa no ano e o papo se estendeu até de madrugada.
Tinha só alguns meses que não a via, mas parecia que havia se passado anos,
pois achei ela muito diferente. Onde mais percebi a tal diferença foi no seu
cabelo cacheado, que estava mais volumoso e com algumas mechas na cor castanha.
Ao comentar isso, ela me explicou a mudança, mas como não entendo dessa
linguagem capilar, continuei na conversa sem entender nada do que ela me
disse. Independente da minha falta de conhecimento dos termos de salão de beleza,
nada me impediu de me inspirar e mergulhar naqueles versos que escrevi em uma
das últimas folhas de um caderno.
Criei Beleza de Março numa “canetada”
só, sem interrupção nem pausa, do primeiro ao décimo oitavo verso. A dividi em
quatro estrofes e foi a terceira escrita no ano de 2014, sendo a primeira com
uma temática mais alegrinha. Tendo o nome dela no quarto verso depois das rimas
madrugada/cacheada na primeira estrofe.
Gosto desta minha poesia (já faz parte
das minhas preferidas) porque ela enaltece e evidencia de forma feliz e
perfeita uma menina que é perfeita e feliz em sua beleza, da forma mais natural
possível, sem precisar recorrer a maquiagens ou coisas do tipo, característica
mais comum em quem é excessivamente vaidosa.
A parte mais poética de Beleza de Março
é aquela que afirma que a beleza dela é tão forte que é capaz de “fechar" a
madrugada e fazer o sol brilhar antes da hora, levantando o dia que nasce fora
do tempo habitual.
A terceira estrofe inicia com as
palavras que dão título a poesia, seguida de, propositalmente, três exclamações
e tem a felicidade de ter em seguida as palavras Plena Poesia, que
acidentalmente tornou-se quase um lema de arte e de vida pra mim.
Eu tinha em mente que a poesia deveria
ser dada a ela somente em Março mesmo, de preferência, no aniversário dela.
Mas, por motivos que não me lembro mais, acabei fazendo isso somente no dia 1º
de abril. O que ela achou? “-Amei! De verdade mesmo!” foram as suas palavras
depois de dá uma lida. Três dias depois fui
surpreendido por ela com um pedido. Que queria uma cópia da poesia escrita à mão
para guardar de lembrança. Para aproveitar este pedido inédito em toda a minha
carreira de poeta, resolvi realizar o seu desejo dando também o borrão, aquela
mesma folha que rabisquei pela primeira vez aqueles versos que ela me inspirou
naquele início de madrugada.
Só a arte é capaz de fazer o mês de
Março se antecipar e aparecer no mês de Janeiro e se perpetuar durante o ano
inteiro.