segunda-feira, 18 de junho de 2012

UM TEXTO PERDIDO SOBRE POEMA DA NOSSA AMIZADE

02 de maio de 2009. Sábado. O relógio do quarto me diz que já passa das 23 horas. A música escrita por Lulu Santos canta que "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite!" Naquele, eu só queria passar para o papel o que estava passeando pela minha cabeça. Nada mais. Era um poema para uma menina que eu conhecera há apenas três meses, mas que parecia fazer parte da minha vida há muito mais tempo. Acho que ela nutria por mim o mesmo sentimento. A verdade é que eu já tinha aprendido a amá-la e, com o poema, queria receber de volta este mesmo amor. Finalizo o poema com este desejo. Quase um mês após (27/05/09), recebo uma mensagem com o seu agradecimento pela poesia. Ela escreveu a palavra amei três vezes, sendo que na primeira em caps lock e na terceira, seguida das palavras "de verdade". Ao ler aquilo, achei que a tinha ganhado para sempre, assim como ela me ganhou. Nós nos dávamos muito bem, apesar das diferenças... De idade, de cidade, de estado, de gostos musicais, enfim... 








01/01/11-10:22PM-Pedreiras-MA

PROCESSO PÓS-CRIATIVO


Foram exatamente 20 dias, desde o momento de criação até o poema chegar em suas mãos. Demorei isso tudo, quase um mês, para mostrar o que ela já sabia que iria receber de mim. Já havia até me dado um “puxão de orelha” pela minha lentidão (Nem mandou a poesia ainda né? Olho meu e-mail todo dia!).

Mas não foi charme da minha parte, auto-valorização ou algo do tipo. É o meu jeito mesmo. Sou muito detalhista. Pareço um perito com uma lupa na mão procurando um erro, um passo em falso. Releio inúmeras vezes, tanto que abuso. Preciso não olhar para ele pelos próximos meses para poder amá-lo novamente. É necessário fazer isso, pois do outro lado há alguém. E não é qualquer pessoa, é alguém que gosto muito.

É por isso que leio diversas vezes, analisando-os de formas separada, pra saber se estou me fazendo entender de primeira, sem recorrer a dicionários ou coisas do tipo. Quero ter a certeza de que estou sendo claro e “objetivo na minha subjetividade” como escritor de versos.

Mas não é assim sempre. Só tenho essa preocupação maior quando se trata de uma obra inspirada em alguém. Tento me colocar no lugar de quem está lendo pra entender o que estou dizendo, por isso demoro para me certificar de que a poesia está pronta para ser apresentada. É mais ou menos isso, 20 a 30 dias, que fico nesse processo pós-criativo.

Bom, chega então o tão sonhado dia. Não tem mais volta. Lavo minhas mãos. O prazo acaba e depois de entregue só torço para a leitora amar. Gostar não basta! (AMEI. Pensei que nem ia mandar mais. Amei. Obrigado mesmo. Amei de verdade. Valeu mesmo pela poesia, viu? E vou ficar esperando a outra…)

E tem que amar para sempre. Ou, pelo menos quando ela ler. Não costumo fazer isso, mas abri uma exceção com esta poesia. Tamanha era a minha ansiedade, pedi a opinião de alguém próximo. Ela aprovou e ainda disse que para ela eu não faço poesia. Era a minha irmã, testemunha-chave de alguns manuscritos meus.











Escrito na noite do dia 31 de maio de 2010

POEMA DA NOSSA AMIZADE-A HISTÓRIA


E

ram quase 11:30 da noite de um sábado, o primeiro do mês de maio. E eu ali, sozinho no quarto, sentado na cama, com o pensamento vago, passando por vários coisas e pessoas. Parei numa pessoa em particular: você. Foi quando me veio todo o filme, tudo mesmo. Desde quando e como nos conhecemos, as nossas conversas em torno das nossas semelhanças e diferenças, até aquele exato momento. Percebi, naquele instante, que tinha ganho mais um presente de Deus, mais uma amiga, especial, diferente, daquelas que as circunstâncias fazem de tudo para não vingar, mas que por um acaso ou não, acabam entrando em nosso caminho, nosso coração e acabam ficando, morando, fincando raízes!

Por algumas vezes ter sido machucado por ela, não sei se sou a pessoa mais certa para fazer apologia à amizade. Mas, a amizade ou a falta dela, foram temas sempre presentes em minhas poesias. Não sei ao certo quantos já escrevi sobre o assunto, mas tenho certeza que este, sobre a gente, é o mais bonito de todos. Ele cita a amizade do jeito que ela é na realidade (ou deveria ser): verdadeira, duradoura, cúmplice.

Fiquei contente ao saber que você gostou do poema e de ter você como amiga. Torço para que tua amizade seja diferente de outras que tive, que dure pra sempre, pois como falo no poema eu “acredito na nossa amizade de verdade”. Tomara que não fique só nesse, que você possa me inspirar a escrever outros versos.







“Te trago meus versos, simples, mas que fiz de coração.” (Chimarruts)







Carta escrita por Brasilino Júnnior dia 03/06/09, endereçada eletronicamente à Amanda Thays Sarmento.