02
de maio de 2009. Sábado. O relógio do quarto me diz que já passa das 23 horas.
A música escrita por Lulu Santos canta que "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite!" Naquele, eu só queria passar para o papel o que estava passeando pela minha cabeça. Nada mais. Era um poema para uma menina que eu conhecera há apenas três meses, mas que parecia fazer parte da minha vida há muito mais tempo. Acho que ela nutria por mim o mesmo sentimento. A verdade é que eu já tinha aprendido a amá-la e, com o poema, queria receber de volta este mesmo amor. Finalizo o poema com este desejo. Quase um mês após (27/05/09), recebo uma mensagem com o seu agradecimento pela poesia. Ela escreveu a palavra amei três vezes, sendo que na primeira em caps lock e na terceira, seguida das palavras "de verdade". Ao ler aquilo, achei que a tinha ganhado para sempre, assim como ela me ganhou. Nós nos dávamos muito bem, apesar das diferenças... De idade, de cidade, de estado, de gostos musicais, enfim...
01/01/11-10:22PM-Pedreiras-MA
segunda-feira, 18 de junho de 2012
PROCESSO PÓS-CRIATIVO
Foram
exatamente 20 dias, desde o momento de criação até o poema chegar em suas
mãos. Demorei isso tudo, quase um mês, para mostrar o que ela já sabia que iria
receber de mim. Já havia até me dado um “puxão de orelha” pela minha lentidão
(Nem mandou a poesia ainda né? Olho meu e-mail todo dia!).
Mas
não foi charme da minha parte, auto-valorização ou algo do tipo. É o meu jeito
mesmo. Sou muito detalhista. Pareço um perito com uma lupa na mão procurando um
erro, um passo em falso. Releio inúmeras vezes, tanto que abuso. Preciso não
olhar para ele pelos próximos meses para poder amá-lo novamente. É necessário
fazer isso, pois do outro lado há alguém. E não é qualquer pessoa, é alguém que
gosto muito.
É
por isso que leio diversas vezes, analisando-os de formas separada, pra saber
se estou me fazendo entender de primeira, sem recorrer a dicionários ou coisas
do tipo. Quero ter a certeza de que estou sendo claro e “objetivo na minha
subjetividade” como escritor de versos.
Mas
não é assim sempre. Só tenho essa preocupação maior quando se trata de uma obra
inspirada em alguém. Tento me colocar no lugar de quem está lendo pra entender
o que estou dizendo, por isso demoro para me certificar de que a poesia está
pronta para ser apresentada. É mais ou menos isso, 20 a 30 dias, que fico nesse
processo pós-criativo.
Bom,
chega então o tão sonhado dia. Não tem mais volta. Lavo minhas mãos. O prazo
acaba e depois de entregue só torço para a leitora amar. Gostar não basta!
(AMEI. Pensei que nem ia mandar mais. Amei. Obrigado mesmo. Amei de verdade.
Valeu mesmo pela poesia, viu? E vou ficar esperando a outra…)
E
tem que amar para sempre. Ou, pelo menos quando ela ler. Não costumo fazer
isso, mas abri uma exceção com esta poesia. Tamanha era a minha ansiedade, pedi
a opinião de alguém próximo. Ela aprovou e ainda disse que para ela eu não faço
poesia. Era a minha irmã, testemunha-chave de alguns manuscritos meus.
Escrito na noite do dia 31 de maio de 2010
POEMA DA NOSSA AMIZADE-A HISTÓRIA
E
|
ram quase
11:30 da noite de um sábado, o primeiro do mês de maio. E eu ali, sozinho no
quarto, sentado na cama, com o pensamento vago, passando por vários coisas e
pessoas. Parei numa pessoa em particular: você. Foi quando me veio todo o
filme, tudo mesmo. Desde quando e como nos conhecemos, as nossas conversas em
torno das nossas semelhanças e diferenças, até aquele exato momento. Percebi,
naquele instante, que tinha ganho mais um presente de Deus, mais uma amiga,
especial, diferente, daquelas que as circunstâncias fazem de tudo para não
vingar, mas que por um acaso ou não, acabam entrando em nosso caminho, nosso
coração e acabam ficando, morando, fincando raízes!
Por algumas
vezes ter sido machucado por ela, não sei se sou a pessoa mais certa para
fazer apologia à amizade. Mas, a amizade ou a falta dela, foram temas sempre
presentes em minhas poesias. Não sei ao certo quantos já escrevi sobre o
assunto, mas tenho certeza que este, sobre a gente, é o mais bonito de todos.
Ele cita a amizade do jeito que ela é na realidade (ou deveria ser):
verdadeira, duradoura, cúmplice.
Fiquei
contente ao saber que você gostou do poema e de ter você como amiga. Torço para
que tua amizade seja diferente de outras que tive, que dure pra sempre, pois
como falo no poema eu “acredito na nossa amizade de verdade”. Tomara que não
fique só nesse, que você possa me inspirar a escrever outros versos.
“Te trago meus versos, simples, mas que fiz de
coração.” (Chimarruts)
Carta
escrita por Brasilino Júnnior dia 03/06/09, endereçada eletronicamente à Amanda
Thays Sarmento.
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