quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Uma Carta Que Recebi

Olá, moço dos cabelos de Medusa, tudo bom contigo? hahaha.
Então, como você mesmo me disse, é meio loucura escrever sobre alguém que não se conhece, mas vou tentar te escrever mais ou menos o que você disse que seria bom escrever-te.
Você disse pra eu te falar da minha cor favorita, das minhas melhores lembranças e essas coisas que poetas sempre querem saber. Pois bem, não te direi nada, quero que tente adivinhar. Parece tão superficial contar a minha vida ou das minhas pretensões para um futuro, talvez, distante ou falar das minhas lembranças vagas de uma pessoa que nem ao menos viveu o bastante.
Mas eu quero mesmo é saber de você, como vão os seus dias na capital com nome de santo? E os Lençóis? Os seus escritos, você já os registrou? E o seu time do coração, contra quem joga nos estaduais (soube que seu time ficou em décima posição no campeonato)? E a família, como é que tá?
Me agrada saber de você, me agrada saber que quer um mundo melhor, me agrada ver o mundo através das suas poesias.
Mas então, ainda quer saber da minha cor favorita? Te dou uma dica: Tem a cor de uma flor e está em minhas veias.
E da minha melhor lembrança, tem interesse? Não tenho ideia de qual seja ela, mas faço alguma ideia. Foi quando achei que tivesse encontrado o meu amor de livro de romance. Ah o amor, ele abre tantas portas e estraçalha tantos corações.
Me fala de você, qual sua cor favorita, o teu filme predileto, a tua lembrança mais feliz e a tua decepção mais amarga. Vamos conversar de alegria para alegria, vamos nos queixar da vida um para o outro e depois rir de tudo isso.
Desculpe pela carta sem nenhuma beleza, mas espero que quando leia sinta que é para você.
Tenha uma boa vida.

 Da moça dos cabelos de fogo.
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Vitória Farias, 09-01-17