segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A INSPIRAÇÃO E EU

Hoje a inspiração bateu aqui em casa, pedindo para entrar. Trazida por anjos e enviada por Deus. Ao sabor de um inofensivo vento, na coreografia da dança das folhas das árvores. O cenário? Não poderia ser outro: Céu pintado de azul (algumas nuvens brancas eram percebíveis), flores no jardim e pássaros alternando manobras, gozando de suas liberdades merecidas. Havia também plantas na janela gradeada. Não era outono, não era inverno, mas parecia verão ou primavera.
Não titubeei em receber esta grata surpresa logo tão cedo em meu portão. E, desde então, minha vida mudou, quando aceitei na terra esta missão. A inspiração nunca mais voltou aqui após aquele dia, pois a partir do instante que ela entrou por aquela porta, ela não mais quis sair. Às vezes ela vai, claro, para visitar alguns colegas de profissão, mas ela sempre retorna, não importa o dia e bem menos a hora.




Texto fictício incompleto de Brasilino Júnnior em comemoração dos seus 10 anos de poeta, escrito dia 31/05/2013.

terça-feira, 30 de abril de 2013

MINHA BORBOLETA, MEU BEIJA-FLOR, MINHA POESIA



.Estava eu um dia (10 de abril de 2012) folheando um livro chamado Nunca Se Renda, um livro de frases selecionadas por Lídia María Riba e traduzido por Lelia Wistak. Este, de capa azul tem um pássaro abaixo do título, como ilustração. Não era a primeira vez que o lia, havia comprado ele numa feira tradicional de livros há alguns meses atrás e já tinha lido ele várias vezes. Ele é dividido em quatro partes: Os Obstáculos, A Ação, A Paciência, O Triunfo. Abri-o do nada e comecei a folheá-lo de trás pra frente, como costumo fazer às vezes quando leio. Uma frase me fez parar e refletir: “Se você correr atrás da felicidade, ela se escapará como se você procurasse capturar uma borboleta. Corra atrás dela e a borboleta voará, mas relaxe-se e concentre a atenção em outra coisa e a bela borboleta estará disposta a pousar no seu ombro.” (J. Powell) Inspirado naquilo que acabara de ler, surgiu-me na mente os versos da minha poesia A Borboleta e o Beija-Flor.
.Ela é dividida em duas estrofes bem extensas: A primeira contém 18 versos e é pautada somente numa borboleta que pousou em meu ombro esquerdo, num dia triste e solitário, trazendo com sua presença algumas interrogações e respostas para todas elas. É como se Deus se manifestasse a mim através dela e trouxesse a mim o que eu necessitava naquele momento: conforto. Já a segunda contém 21 versos sobre um beija-flor azul que apareceu no quintal da minha casa, beijando todas as flores que ali havia. Aquele rápido momento foi para mim bem impactante, a ponto de eu limpar as lentes dos óculos para ver com mais nitidez aquela cena e permanecer reflexivo, mesmo após sua saída da minha presença.
.Fazendo um resumo em poucas palavras sobre esta tocante poesia de 39 versos, eu diria que ela fala da presença de Deus em nossas vidas quando nos sentimos abandonados pelas pessoas.
.A Borboleta e o Beija-Flor é um poema com um cenário bem colorido, como aqueles que lemos no Naturalismo e as pinturas do Impressionismo. Tenho muito orgulho de tê-lo criado e mais ainda quando as pessoas se sentem igualmente tocadas por ele.
.Dias depois de me ouvir recitando, uma garota me mandou uma mensagem no celular. Era uma frase que falava de uma borboleta. No final do SMS dizia: “ Lembrei do teu poema.” Cerca de dois meses depois, eu li esta poesia numa galeria de arte na presença de um casal de amigos e ele, em tom de brincadeira, me perguntou: “ Cara, tu tomou umas boas cachaças para escrever isso?” Já em janeiro de 2013, na casa de uma menina, depois do fim da leitura, ela me falou que os versos desta poesia fizeram ela lembrar de um filme que ela assistiu: Efeito Borboleta.
.Hoje, um ano depois de escrito, guardo comigo a lição que o poema tenta passar. Sempre estou com ele em mãos lendo e refletindo em seus versos e rimas.





 História escrita por Brasilino Júnnior dias 11/02/13 e 30/04/13









segunda-feira, 29 de abril de 2013

UM DIA DIFÍCIL, UMA POESIA FÁCIL




  Bárbara é mais uma daquelas poesias criadas por mim que tornaram-se um “hit” sem pretensão de ser. E é também mais uma que leva um nome feminino no título. Foi escrita há quase quatro anos atrás (07/08/09), na noite daquele dia (09h48min), depois que cheguei da rua.
  Eu havia tido um “dia inteiro” bem chato, de aborrecimentos, falhas… um dia bem difícil de digerir. Após tantas frustrações ao longo do dia, o que eu mais desejei foi ver aquele dia morrer e esperar um outro nascer. Não tinha mais esperança que algo de bom pudesse me acontecer.
  No início da noite, antes de retornar para casa, acabei me encontrando com a Bárbara. A conversa foi rápida, mas bem interessante, embora hoje eu não me recorde de exatamente uma palavra dita em todo nosso diálogo. O nascimento dos versos deste poema também me fez esquecer, literalmente, de todo aquele dia complicado que eu tivera. Hoje eu não sei o que me tirou do sério naquele começo de mês de agosto.
  Quando tive oportunidade, eu falei a ela sobre este meu dia perdido que ela salvou, mas conhecer mesmo aquelas quatro estrofes, foi somente no começo de 2012. Foi ali que ela pôde ter noção de quanto me ajudou depois que eu li para ela a poesia que tem seu nome no título e no penúltimo verso.
  Este dia e esta poesia me ensinaram lições que talvez eu já sabia: Que o sol pode aparecer fora da sua estação, depois de um temporal. E aquele 7 de agosto nem foi tão ruim assim, pois Bárbara gostou da poesia que ela me inspirou, das outras que ela conheceu, tornou-se uma admiradora da minha arte e ficamos mais próximos do que antes, tanto que até já “paguei” com juros na mesma moeda pela sua ajuda involuntária naquele dia.


História escrita por Brasilino Júnnior dia 29 de abril de 2013.
 
  

sábado, 2 de março de 2013

BRASILINO JÚNNIOR FALA DA ENTREVISTA CONCEDIDA AO BLOG AMANDA’S TALE-PARTE 3


MUDOU ALGO APÓS A ENTREVISTA?



O que mudou é que mais pessoas ficaram me conhecendo, e quem já conhecia minhas poesias teve a oportunidade de saber um pouco da minha história. Hoje, seis meses depois, a Amanda Caroline me informou que teve 232 visualizações.
Recebi algumas mensagens nas redes sociais de algumas pessoas que leram a entrevista. Guardei todas elas num lugar especial.  

BRASILINO JÚNNIOR FALA DA ENTREVISTA CONCEDIDA AO BLOG AMANDA’S TALE-PARTE 2


E COMO FOI A ENTREVISTA?



Ah, foi legal. Eu gostei muito. Eu fiquei bem surpreso como ela organizou as pautas da entrevista, embora ela me tenha dito que não estava das melhores. Porque de fato eu não sabia sobre o que ela ia falar e nem tive tempo pra pensar nisso porque foi tudo muito rápido. Pensei que ia sair em meses, mas foi tudo em dois dias. Embora o blog dela não tenha tanto espaço para livros de poesia, ela tocou nos pontos certos do mundo dos poetas.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

BRASILINO JÚNNIOR FALA DA ENTREVISTA CONCEDIDA AO BLOG AMANDA’S TALE-PARTE 1


COMO ESTE BLOG CHEGOU ATÉ VOCÊ?




Na verdade eu que cheguei até ele, de uma forma bem inesperada. Vi o twitter dele e o título (que na época era Tale Of Amanda) me chamou a atenção. Achei que eram contos criados por ela própria. Resolvi segui-lo e lá tinha o link do blog. Eu li e achei bem interessante. Não só pela proposta dele, que é de publicar sinopses de livros lidos, como pela arte gráfica. Muito bem estruturado e organizado. Nunca tinha visto nada igual.
Quando eu li no perfil que aquilo tudo era feito por uma menina de apenas 17 anos, eu fiquei mais fã ainda. Achar um jovem que goste de livros hoje em dia é bem difícil e achar um que lê muito e ainda escreve os resumos de cada um e cria um blog para divulgá-los é bem mais raro. Ao menos pra mim, aquilo era novo.
E como tinha o e-mail dela para contato, eu o adicionei no meu. E naquele mesmo mês (abril de 2012) eu achei ela um dia on-line no messenger e falei que nem a conhecia, mas por causa do blog dela eu já tinha virado um fã. Ela agradeceu, disse que era bom saber disso e que era legal saber que tinha pessoas que gostavam do blog dela. A conversa foi bem rápida e acho que foi a única que tivemos por e-mail. Ela estava ocupada nesse dia, trabalhando justamente numa entrevista de um escritor chamado Enderson Rafael.
Mas, depois desse dia eu continuei lendo o blog dela e passei a segui-lo com o meu, ela seguiu o meu de volta. E, toda vez que ela divulgava alguma nova resenha no twitter, eu lia. A entrevista deste escritor, por sinal, eu gostei muito. Me identifiquei um pouco com ele, a forma como ele divulgava o seu trabalho, a persistência dele. Depois daquela leitura eu me imaginava um dia sendo entrevistado como ele, falando do meu livro e etc. Eu li aquela entrevista outras vezes e a cada lida, esse desejo aumentava em mim. Mas nunca havia falado isso para a Amanda, que aquela altura já era praticamente uma amiga, de tanto que a gente conversava sobre livros, blogs, resenhas, promoções do blog dela (algumas eu até divulgava sem ela pedir).
Até que um dia, no final do mês de agosto (dia 22), eu não me segurei e falei a ela desse meu sonho.Ela deu risada e disse que um dia me entrevistaria sim. Mas eu achei que ela estava brincando e não levei a sério. Em seguida, ela falou que ia formular as perguntas. Como eu achava que só era entrevistado quem já tivesse algum livro publicado, eu perguntei se ela estava falando sério. Notei que era verdade mesmo quando ela falou que isso não era nada, o que importava é que eu era um escritor.
E mais uma vez, dois dias depois (dia 24), a Amanda me surpreendeu ao dizer que a entrevista seria naquele dia, pois ela já tinha preparado as perguntas e só estava faltando me enviar por e-mail. Minha preocupação só era com o limite de linhas para cada resposta. Mas, ela me deixou bem à vontade quanto a isso. E naquele mesma sexta ela postou no Amanda’s Tale.




quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PEDALADAS E POESIA NA RUA DA BURGUESIA


Escrevi esta poesia (Poema Para Uma Fã) de uma forma bem interessante: Estava eu andando de bicicleta, pela manhã, quando me veio à mente os primeiros versos. Eles iniciam falando de casa própria e mansão porque justamente, naquele instante, eu passava em frente aqueles casarões de classe média alta da rua vizinha à minha. E foi por causa daquele cenário que iniciei este poema de 4 estrofes e 16 versos no dia 19 de outubro de 2012.
Como eu não tinha papel e caneta no momento, peguei o meu celular e digitei os 4 versos da 1ª estrofe sem parar de pedalar e subindo uma pequena ladeira. Isso foi às 10h39min daquela manhã. 16 minutos após (10h55min) eu, já com uma caneta e um papel em mãos, escrevi mais 4 estrofes que representavam a 2ª estrofe (que falava de como nos conhecemos).
Eu li aquilo e achei bobinho, muito simples. Até comentei com o meu sobrinho baterista, antes de mostrar a ele. Não estava ainda convencido de que aqueles versos deveriam homenagear alguém tão especial para mim.
Apesar de achar que não ficaria legal, resolvi ir até o final. E iniciei a 3ª estrofe às 12h34min da tarde e a 4ª estrofe, 5 minutos depois (12h39min). Enquanto um fala de como era a minha vida antes dela aparecer, a outra fala da vida que eu levo depois que a conheci.
Ele se encerra bonito, rimando “irmã” com “manhã” e “maçã” com “fã”. O título só veio depois, às 04h33min daquela mesma tarde. E ao terminá-lo, eu mudei de opinião.
 Ao invés de bobinho, achei ele “fofinho”, no sentido de bonito e gracioso. Acredito que seja o único que escrevi assim, etapa por etapa.




História escrita por Brasilino Júnnior dia 31 de janeiro de 2013 em São Luís-MA.
                                                                                                   




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MINHA VIDA EM UMA POESIA




Março é o mês em que nasci, o mês em que faço aniversário. E também um poema autobiográfico que fiz questão que se chamasse Março, pois ele resume bem em nove estrofes e trinta e seis versos a minha vida.

Ele se inicia citando o mês em que nasci (1ª estrofe) e o dia em que vim ao mundo (2ª estrofe). E segue falando em 1ª pessoa sobre os meus irmãos (ãs) e da família da qual eu vim (3ª estrofe).

Já na 4ª estrofe eu falo da minha fase infantil. Época dos poucos brinquedos e de como eu era uma criança sem vaidades, que não competia com as outras por nada. Eu, realmente, não me achava o melhor por ter um brinquedo que meus amigos não tinham, e nem me sentia inferiorizado por não ter algum objeto que só eles possuíam. Muito menos me entristecia por não poder estar em todas as brincadeiras na rua. O quintal grande da minha casa era o “melhor lugar do mundo” para se brincar. Eu tinha esse conceito na época e acho que não exagerava quando pensava isso, pois ele era tomado de árvores, plantas, flores, borboletas e pássaros. Acho que vem daí minha admiração por tudo que vem da natureza.

Na 5ª estrofe eu cito uma característica da minha personalidade (isso já na fase juvenil), de conseguir chegar em um objetivo pisando em todos os passos de cada vez, sem atropelar etapas passando por atalhos. Ainda sou assim: Quero muito como quem não quer nada!

Ainda nesta estrofe, falo da minha auto-afirmação como pessoa. De provar o tempo todo o meu valor por não querer sempre o que todos da minha idade buscavam e sim o que realmente me agradava. Defendia a minha opinião própria com relação a pessoas, lugares e gostos culturais. Tentava de todas as formas dizer que nem todos poderiam ser iguais em tudo. Confesso, que muitas das vezes foi difícil. Mas, acho que, se sou respeitado hoje por alguns, vem desse meu jeito que consegui firmar em mim ao longo dos tempos.

Na 6ª estrofe surge um saudosismo de tudo que eu tinha vivido até aquele dia em que eu rabiscava aqueles versos no papel. Eu me perguntava onde estaria todos aqueles anos que se passaram. Na 7ª estrofe vinha a resposta em forma de dúvida. Mas que deixava no ar a possibilidade de todos estes estarem em algum lugar bonito inventado por mim!

Na 8ª e penúltima estrofe, a poesia fala da minha aparência física (cor da pele) e de como eu estou feliz com ela, independente de como isso incomoda algumas pessoas.Falo do racismo que sofro, mas de uma forma bem implícita, diferente de como abordei esta questão em outros poemas.

A 9ª estrofe enfim chega e encerra esta poesia, falando do nome que herdei do meu pai e de como ele disse isso à minha mãe. Os dois últimos versos estão entre aspas porque é a fala que eu imaginei que ele disse a ela quando desejou que eu fosse o Júnior da família.

Um fato curioso é que iniciei os primeiros versos desta poesia no mês de fevereiro (dia 17), continuei em março (dia 06) e finalizei em abril (dia 18). Isso tudo no ano de 2009…






História escrita por Brasilino Júnior, dia 29/01/2013 em São Luís-MA.