.Estava eu um dia (10 de abril de
2012) folheando um livro chamado Nunca Se Renda, um livro de frases
selecionadas por Lídia María Riba e traduzido por Lelia Wistak. Este, de capa
azul tem um pássaro abaixo do título, como ilustração. Não era a primeira vez
que o lia, havia comprado ele numa feira tradicional de livros há alguns meses
atrás e já tinha lido ele várias vezes. Ele é dividido em quatro partes: Os
Obstáculos, A Ação, A Paciência, O Triunfo. Abri-o do nada e comecei a
folheá-lo de trás pra frente, como costumo fazer às vezes quando leio. Uma
frase me fez parar e refletir: “Se você correr atrás da felicidade, ela se
escapará como se você procurasse capturar uma borboleta. Corra atrás dela e a
borboleta voará, mas relaxe-se e concentre a atenção em outra coisa e a bela
borboleta estará disposta a pousar no seu ombro.” (J. Powell) Inspirado naquilo
que acabara de ler, surgiu-me na mente os versos da minha poesia A Borboleta e
o Beija-Flor.
.Ela é dividida em duas estrofes
bem extensas: A primeira contém 18 versos e é pautada somente numa borboleta
que pousou em meu ombro esquerdo, num dia triste e solitário, trazendo com sua
presença algumas interrogações e respostas para todas elas. É como se Deus se manifestasse
a mim através dela e trouxesse a mim o que eu necessitava naquele momento:
conforto. Já a segunda contém 21 versos sobre um beija-flor azul que apareceu
no quintal da minha casa, beijando todas as flores que ali havia. Aquele rápido
momento foi para mim bem impactante, a ponto de eu limpar as lentes dos óculos
para ver com mais nitidez aquela cena e permanecer reflexivo, mesmo após sua
saída da minha presença.
.Fazendo um resumo em poucas palavras sobre esta tocante poesia de 39 versos, eu diria que ela fala da
presença de Deus em nossas vidas quando nos sentimos abandonados pelas pessoas.
.A Borboleta e o Beija-Flor é um
poema com um cenário bem colorido, como aqueles que lemos no Naturalismo e as
pinturas do Impressionismo. Tenho muito orgulho de tê-lo criado e mais ainda
quando as pessoas se sentem igualmente tocadas por ele.
.Dias depois de me ouvir
recitando, uma garota me mandou uma mensagem no celular. Era uma frase que
falava de uma borboleta. No final do SMS dizia: “ Lembrei do teu poema.” Cerca
de dois meses depois, eu li esta poesia numa galeria de arte na presença de um
casal de amigos e ele, em tom de brincadeira, me perguntou: “ Cara, tu tomou
umas boas cachaças para escrever isso?” Já em janeiro de 2013, na casa de uma
menina, depois do fim da leitura, ela me falou que os versos desta poesia fizeram ela lembrar de um filme que ela assistiu: Efeito Borboleta.
.Hoje, um ano depois de escrito,
guardo comigo a lição que o poema tenta passar. Sempre estou com ele em mãos lendo
e refletindo em seus versos e rimas.
História escrita por Brasilino Júnnior dias
11/02/13 e 30/04/13