terça-feira, 30 de abril de 2013

MINHA BORBOLETA, MEU BEIJA-FLOR, MINHA POESIA



.Estava eu um dia (10 de abril de 2012) folheando um livro chamado Nunca Se Renda, um livro de frases selecionadas por Lídia María Riba e traduzido por Lelia Wistak. Este, de capa azul tem um pássaro abaixo do título, como ilustração. Não era a primeira vez que o lia, havia comprado ele numa feira tradicional de livros há alguns meses atrás e já tinha lido ele várias vezes. Ele é dividido em quatro partes: Os Obstáculos, A Ação, A Paciência, O Triunfo. Abri-o do nada e comecei a folheá-lo de trás pra frente, como costumo fazer às vezes quando leio. Uma frase me fez parar e refletir: “Se você correr atrás da felicidade, ela se escapará como se você procurasse capturar uma borboleta. Corra atrás dela e a borboleta voará, mas relaxe-se e concentre a atenção em outra coisa e a bela borboleta estará disposta a pousar no seu ombro.” (J. Powell) Inspirado naquilo que acabara de ler, surgiu-me na mente os versos da minha poesia A Borboleta e o Beija-Flor.
.Ela é dividida em duas estrofes bem extensas: A primeira contém 18 versos e é pautada somente numa borboleta que pousou em meu ombro esquerdo, num dia triste e solitário, trazendo com sua presença algumas interrogações e respostas para todas elas. É como se Deus se manifestasse a mim através dela e trouxesse a mim o que eu necessitava naquele momento: conforto. Já a segunda contém 21 versos sobre um beija-flor azul que apareceu no quintal da minha casa, beijando todas as flores que ali havia. Aquele rápido momento foi para mim bem impactante, a ponto de eu limpar as lentes dos óculos para ver com mais nitidez aquela cena e permanecer reflexivo, mesmo após sua saída da minha presença.
.Fazendo um resumo em poucas palavras sobre esta tocante poesia de 39 versos, eu diria que ela fala da presença de Deus em nossas vidas quando nos sentimos abandonados pelas pessoas.
.A Borboleta e o Beija-Flor é um poema com um cenário bem colorido, como aqueles que lemos no Naturalismo e as pinturas do Impressionismo. Tenho muito orgulho de tê-lo criado e mais ainda quando as pessoas se sentem igualmente tocadas por ele.
.Dias depois de me ouvir recitando, uma garota me mandou uma mensagem no celular. Era uma frase que falava de uma borboleta. No final do SMS dizia: “ Lembrei do teu poema.” Cerca de dois meses depois, eu li esta poesia numa galeria de arte na presença de um casal de amigos e ele, em tom de brincadeira, me perguntou: “ Cara, tu tomou umas boas cachaças para escrever isso?” Já em janeiro de 2013, na casa de uma menina, depois do fim da leitura, ela me falou que os versos desta poesia fizeram ela lembrar de um filme que ela assistiu: Efeito Borboleta.
.Hoje, um ano depois de escrito, guardo comigo a lição que o poema tenta passar. Sempre estou com ele em mãos lendo e refletindo em seus versos e rimas.





 História escrita por Brasilino Júnnior dias 11/02/13 e 30/04/13









segunda-feira, 29 de abril de 2013

UM DIA DIFÍCIL, UMA POESIA FÁCIL




  Bárbara é mais uma daquelas poesias criadas por mim que tornaram-se um “hit” sem pretensão de ser. E é também mais uma que leva um nome feminino no título. Foi escrita há quase quatro anos atrás (07/08/09), na noite daquele dia (09h48min), depois que cheguei da rua.
  Eu havia tido um “dia inteiro” bem chato, de aborrecimentos, falhas… um dia bem difícil de digerir. Após tantas frustrações ao longo do dia, o que eu mais desejei foi ver aquele dia morrer e esperar um outro nascer. Não tinha mais esperança que algo de bom pudesse me acontecer.
  No início da noite, antes de retornar para casa, acabei me encontrando com a Bárbara. A conversa foi rápida, mas bem interessante, embora hoje eu não me recorde de exatamente uma palavra dita em todo nosso diálogo. O nascimento dos versos deste poema também me fez esquecer, literalmente, de todo aquele dia complicado que eu tivera. Hoje eu não sei o que me tirou do sério naquele começo de mês de agosto.
  Quando tive oportunidade, eu falei a ela sobre este meu dia perdido que ela salvou, mas conhecer mesmo aquelas quatro estrofes, foi somente no começo de 2012. Foi ali que ela pôde ter noção de quanto me ajudou depois que eu li para ela a poesia que tem seu nome no título e no penúltimo verso.
  Este dia e esta poesia me ensinaram lições que talvez eu já sabia: Que o sol pode aparecer fora da sua estação, depois de um temporal. E aquele 7 de agosto nem foi tão ruim assim, pois Bárbara gostou da poesia que ela me inspirou, das outras que ela conheceu, tornou-se uma admiradora da minha arte e ficamos mais próximos do que antes, tanto que até já “paguei” com juros na mesma moeda pela sua ajuda involuntária naquele dia.


História escrita por Brasilino Júnnior dia 29 de abril de 2013.