domingo, 12 de fevereiro de 2012

O PRIMEIRO POEMA A GENTE NUNCA ESCREVE

Parece que foi ontem. Mas esta data está muito longe. Foi no já longínguo ano de 2003, especificamente no dia 02 de julho que surgiu, vamos dizer assim, meu 1º poema! O tema era escola. Como já tinha quase dois anos que tinha saído dela, a forma como eu falava dela era como um espécie de saudade. Não propriamante dos livros, professores, educação. Mas dos amigos, das meninas, das diversões.
É estranho, mas nunca digo para os leitores que ele foi minha primeira inspiração. Sem sequer, falo da sua existência. Falo que o primeiro de muitos foi um que escrevi dois dias depois da data citada acima (04/07/2003). E este todos conhecem. Acho que ele estará na primeira página do meu primeiro livro.
Mas, como o assunto aqui é o "poema da escola", é assim que o chamo, volto a me indagar porque sempre deixo ele de lado, se ele é tão criativo e cheio de humor! Lembro perfeitamente de como ele nasceu. Acho que o rascunho dele, deve tá por aí, no meu quarto, dentro de algum caderno empoeirado.
Eu dividia a mesa juntamente com minha irmã e seu filho Nállison, que fazia sua lição de casa. Ele tinha 9 anos e lembro que enquanto escrevia, falei em voz alta que "quem não cola, não sai da escola". Ele, criança fazendo o dever, perguntou :"O quê?" Antes que eu repetisse, sua mãe fez sinal para que eu me calasse e não repetisse esta bobagem para uma criança. Dei razão à ela. Embora eu também não fosse de "colar" na escola. Sempre fui exemplo no colégio neste sentido. Mas poesia às vezes é fantasia. Não foi o Fernando Pessoa que disse que "o poeta é um fingidor?"
Poucas pessoas já leram este poema, Filho e sua prima Laiany forma os primeiros. A gente até conversou sobre ele, demos risadas das rimas... Ontem, quase 9 anos depois de seu nascimento, li ele por telefone para Angelina, minha mais recente amiga. Mas foi de cabeça, foi só a primeira estrofe, não tava com ele em mãos. Ela também gostou.
Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece. Concordo. Eu nunca te esqueci, oh primeiro poema! Mas nunca havia escrevido sobre você. Será por quê? Bem, não sei. Acho que com os outros poetas  não foi assim. Comigo foi. A partir de hoje não será mais.      

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